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Como fazer uma pesquisa acadêmica avançada

Pesquisa acadêmica

A pesquisa acadêmica é uma atividade existente em todas as instituições de ensino. Nas universidades, ela é uma atividade fundamental no desenvolvimento de uma pesquisa. Tudo começa com a escolha do tema, para então procurar pelas fontes de informação que podem dar a resposta para sua pesquisa, sejam livros, revistas científicas, teses ou dissertações, dentre outras possíveis.

Com tantas ferramentas disponíveis atualmente, cabe ao pesquisador manter-se atualizado sobre elas e, mais do que isso, conhecer mais a fundo como funcionam. Continuar lendo

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“Vérsila” dá acesso a acervo dos melhores centros de pesquisa

Assessoria de Comunicação
13-Abr-2016

Desenvolvida por pesquisadores da USP, a Biblioteca Digital Vérsila é considerada a maior em acervo digital acadêmico do hemisfério sul, e disponibiliza gratuitamente toda a produção científica aberta dos melhores centros de pesquisa do mundo. Desde seu lançamento, no final de 2015, a Vérsila já teve mais de 25 milhões de impressões de páginas na internet. Com maior exposição na rede, a expectativa é que as pesquisas brasileiras possam ter maior visibilidade e mais impacto junto à comunidade científica internacional.Segundo Giovanni Eldasi, coordenador da Vérsila e pesquisador do Núcleo de Políticas Públicas (NUPPS) da USP, a iniciativa da biblioteca partiu de um “paradigma de usabilidade de informações” surgido no final dos anos 1990, quando as instituições de ensino superior e de pesquisa passaram a disponibilizar na internet sua produção intelectual por meio do movimento de acesso aberto à literatura científica ou “open access”. A iniciativa cresceu, democratizando o acervo intelectual das universidades, mas surgiu o problema da usabilidade. As pessoas tinham dificuldade de acesso às produções por “exigir a visita a milhares de repositórios acadêmicos”.

A solução encontrada foi criar concentradores que reunissem em um único sistema o maior número possível de informações acadêmicas digitalizadas na internet. A infraestrutura física e logística da Vérsila é composta de uma rede de servidores integradores mantidos nos EUA (West Virginia e Califórnia), na Europa (Dublin, Irlanda e Frankfurt, Alemanha, na Ásia (Tóquio, Japão), no Pacífico (Sydney, Autrália) e na América do Sul (São Paulo). A plataforma é integrante do consórcio internacional Open Archives iniciative, na modalidade de Service Provider.

Semanalmente, cada servidor integrador capta novos acervos e itens digitais de sua região geográfica, realiza a sua filtragem e curadoria digital e os integra em um só acervo disponibilizado gratuitamente ao público em seu site.

Prioridade regional

Construída por uma equipe multidisciplinar, formada por pesquisadores e alunos da USP, a Vérsila foi planejada para fazer recorte regional, priorizando conteúdos de instituições brasileiras, hispânicas e latino-americanas, além de ser uma alternativa aos buscadores comerciais que tendem a direcionar os resultados de suas buscas para pesquisas anglo-saxônicas. Segundo Eldasi, o universo plural das pesquisas científicas demandava iniciativas que não dependessem de mecanismos comerciais que tendem a monopolizar as buscas na internet e fazer recortes únicos.Para Eldasi, a Vérsila assumiu uma identidade latino-americana e própria do hemisfério sul, podendo oferecer recortes de produção científica mais significativos para uma comunidade de um país ou região. Os textos dão destaque para a produção em língua portuguesa e 99% do acervo é composto por obras completas, o que confere ao site qualidade e relevância nos resultados das buscas.

Atualmente, 63 países integram a base de dados da Vérsila. No Brasil, são cerca de 150 universidades, além de outros órgãos como o Supremo Tribunal Federal, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a Câmara dos Deputados e a Scielo Brasil. Na USP, fazem parte da biblioteca o Portal de Teses e Dissertações, o Portal da Produção Científica e o Portal de Periódicos.

“Open Access”
O “open access” é um movimento internacional que começou nos anos 1990 e defende a ideia de que o conhecimento científico, veiculado em artigos, teses, dissertações e outros documentos acadêmicos, seja disseminado de forma ampla e irrestrita pela internet. O objetivo é democratizar a literatura acadêmica dando maior visibilidade e acessibilidade ao conteúdo.

Um marco internacional do movimento foi a Declaração “Budapest Open Access Initiative”, realizada em 2000, com definições sobre acesso aberto às publicações científicas. No Brasil, iniciativas da SciElo e da Biblioteca de Teses e Dissertações da USP se tornaram paradigmas de Open Access. Todos estes acervos estão hoje reunidos na Vérsila.

Mais informações: http://biblioteca.versila.com
Por Ivanir Ferreira, do USP Online
Foto: Cecília Bastos

Disponível em: <http://www.saocarlos.usp.br/index.php?option=com_content&task=view&id=23802&Itemid=171>. Acesso em: 14 abr. 2016.

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Universidade de Maryland põe um ponto final aos livros

Rodney Eloy – Canal Superior/Portugal

A University of Maryland University College tornou-se a primeira instituição de ensino superior a eliminar os livros como material de ensino. A medida entra em vigor este ano letivo.

Para além do valor das mensalidades, os estudantes do ensino superior têm custos muito elevados com livros e outros materiais escolares. Para reduzir estes custos, a University of Maryland University College decidiu acabar com a utilização de livros.

Já no início deste ano letivo, a universidade norte-americana vai limitar a aprendizagem dos estudantes a materiais digitais grátis, disponíveis online.

Kara Van Dam, vice-reitoria da instituição, disse à Associated Press que entre os materiais usados podem estar textos e vídeos, mas sempre sem custos.

Já Bob Ludwig, responsável pela comunicação da universidade, acredita ser uma medida positiva a vários níveis, uma vez que os estudantes poupam dinheiro e não têm de carregar os livros.

«Há tanta informação atualmente e tem tudo a ver com a forma com as pessoas chegam à informação», refere ainda Bob Ludwig, ao Mic..

A University of Maryland University College é uma das maiores instituições públicas de ensino superior norte-americanas e conta com quase 90 mil alunos.

Segundo um estudo do governo norte-americano, as despesas com livros escolares cresceram 82% entre 2002 e 2012 e cada estudante paga, em média, 1200 dólares por livros, por ano.

Disponível em: <http://www.blogdogaleno.com.br/2015/09/07/universidade-de-maryland-poe-um-ponto-final-aos-livros>. Acesso em: 14 set. 2015.

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Plágio: onde está e por que acontece?

Por: Elisabeth A. Dudziak e Sibele Fausto
Entrevistado: Prof. Dr. Marcelo Krokoscz

livroA perspectiva ética de respeito aos direitos autorais e à propriedade intelectual sempre norteou a produção intelectual da Universidade de São Paulo. O Sistema Integrado de Bibliotecas da USP (SIBiUSP) tem procurado realizar ações integradas de conscientização e prevenção de ocorrência de plágio no ambiente acadêmico. As bibliotecas da USP sempre trabalharam junto aos docentes, estudantes e funcionários na orientação para a redação de trabalhos acadêmicos (teses e dissertações) e artigos científicos, tendo como foco a normalização de citações e referências.

A preocupação com os direitos autorais e propriedade intelectual não é recente. Entretanto, nos últimos anos, com o advento da Internet e a ampliação do acesso aberto à informação, as questões referentes à integridade da pesquisa e à prevenção da ocorrência do plágio têm suscitado discussões mais profundas.

Apesar de todas as informações disponíveis e a atuação diligente dos profissionais da informação, docentes e autores, compreender o conceito de plágio não é tarefa fácil. Nesse sentido, o trabalho do Prof. Dr. Marcelo Krokoscz merece destaque especial. Prestes a lançar sua mais recente obra “Outras palavras sobre Autoria e Plágio”, o Prof. Marcelo concedeu entrevista especial ao SIBiUSP.

1) Em poucas palavras, qual é a origem do plágio e seu significado nos dias atuais?

O plágio é um fenômeno que caracteriza uma fraude autoral. Surgiu na antiguidade (séc II a. C.), mas a concepção adotada hoje é resultado das mudanças nos processos editoriais e legislações autorais surgidas no início do séc. XVIII.

2) Como se detecta um plágio em um trabalho científico?

É muito fácil detectar o plágio. Estudo realizado com professores indicou que oito em cada dez percebem que um trabalho escrito é plagiado apenas fazendo a leitura. Nem sempre o nível de erudição de um texto corresponde aos conhecimentos de quem responde pelo trabalho. Além disto, quando o trabalho é resultado de um processo de copiar e colar, fica flagrante algumas quebras de estilo e de coesão textual devido as diferenças nativas entre os textos originais. Contudo, na atualidade existem softwares dedicados exclusivamente a detecção do plágio.

3) Qual é o impacto do plágio na qualidade das pesquisas científicas? Como o plágio afeta a autoria de um trabalho científico?
Fiz um estudo recente com trabalhos científicos publicados numa base de indexação da área das ciências sociais. Submeti uma amostra dos trabalhos publicados à um detector de plágio. O resultado foi que 65% dos trabalhos publicados continham plágio. A literatura internacional sobre o plágio reitera que o plágio no âmbito acadêmico tem nuances diferentes do plágio editorial, por exemplo. Sendo assim, embora o problema da redundância (autoplágio) seja inconcebível do ponto de vista editorial, no meio acadêmico é reprovável por causa do mérito associado ao ineditismo científico. Então, o problema maior do plágio acadêmico se refere ao comprometimento da reputação de quem escreve ou publica.

4) Que ações institucionais têm sido comumente adotadas nas universidades consideradas de classe mundial em relação ao plágio? Como aferir a eficiência dessas ações?

O plágio é um problema de todos: alunos, professores, pesquisadores, editores e das instituições! De fato, cabe às escolas, universidades, periódicos, agências minimamente assumirem a sua parcela de responsabilidade em relação ao assunto. Definir o que é o plágio para o seu público, caracterizar quando e como pode ocorrer, estabelecer práticas de prevenção, oferecer treinamento de redação científica e apresentar regras e sanções relacionadas à prática do plágio e à integridade científica são ações constatáveis em muitas instituições internacionais.

A eficiência destas ações não garante plenamente que o plágio seja evitado, pois em parte ele ocorre por má fé de algumas pessoas que deliberadamente decidem cometer uma fraude autoral. Contudo, elas são importantes e necessárias para instrumentalizar aquelas pessoas que cometem plágio de forma acidental, isto é, não intencional, o que aliás, é o que ocorre com mais frequência.

5) Como você avalia as ações punitivas e as educativas dadas pelas instituições em relação ao plágio?

As ações preventivas são mais importantes do que as punitivas. Apesar do que, estas são necessárias para evitar que o problema seja banalizado. Se acontece o plágio e isto é ignorado, e quando nos deparamos com casos flagrantes não acontece nada, facilmente pode-se criar a cultura de que é “algo que todo mundo faz”. Entretanto, antes da punição é preciso que haja uma codificação (regras e sanções) de modo que a adoção de medidas punitivas não sejam decisões tomadas aleatoriamente cada vez que surge um novo caso.

6) Em sua opinião, qual é o papel das bibliotecas com relação à prevenção da ocorrência do plágio?

Eu penso que as bibliotecas têm um papel fundamental em relação à prevenção e ao combate do plágio acadêmico. Tenho visto iniciativas interessantes neste sentido nos eventos internacionais sobre o assunto. Há por exemplo, um vídeo na internet preparado por uma biblioteca de universidade da Noruega e pude conhecer um website desenvolvido por uma biblioteca de uma instituição australiana com diversas informações, exemplos e exercícios sobre o plágio. Enfim, acho que, da mesma forma que as bibliotecas preocupam-se em desenvolver manuais de normalização de trabalhos acadêmicos, poderiam ajudar as instituições criando manuais de prevenção do plágio.

7) Em 2012, você participou de uma pesquisa sobre percepção de plágio junto aos alunos de pós-graduação da USP, realizada em parceria com o Sistema Integrado de Bibliotecas da USP . Como você avalia a os resultados? (situação dos alunos da USP em relação a alunos de outras universidades).

O objetivo principal do trabalho que fizemos não foi verificar os índices e nem a frequência de ocorrência do plágio entre os estudantes. O que pudemos constatar foi que as percepções dos alunos da USP em relação ao plágio não são diferentes do que se verifica entre os alunos de outras instituições e países. Entretanto, a conclusão mais importante foi a análise que fizemos de que o fato de ter conhecimentos teóricos conceituais não é uma condição suficiente para garantir que o aluno entenda de forma adequada situações concretas que caracterizam o plágio. Ou seja, aponta uma nova fronteira sobre o assunto indicando que, embora informação e treinamento sejam importantes para evitar o plágio, isto são insuficientes para que o problema seja inteiramente superado.

8) Como avalia a situação do Brasil em relação à preocupação com o plágio?

Em minha opinião o plágio ainda não é assumido de forma satisfatória como um problema sério no país. Embora a CAPES tenha feito uma recomendação para que as instituições de ensino superior orientem os alunos sobre o assunto e algumas das principais agências de fomento à pesquisa tenham inserido o assunto em seus manuais de boas condutas científicas, considero que isto ainda é muito pouco. Por exemplo, é raro encontrar informações sobre orientações e políticas institucionais sobre o plágio nos websites das instituições de ensino brasileiras, nas diretrizes para autores dos periódicos científicos sequer consta a palavra plágio, nos livros de metodologia da pesquisa e manuais de elaboração de trabalhos acadêmicos o assunto é ignorado. A maioria das universidades internacionais utiliza softwares de detecção do plágio, mas aqui no Brasil ainda é bastante incomum uma instituição que faça este tipo de investimento.

9) Qual a contribuição de seu novo livro para a sociedade brasileira?

Este livro é resultado de minha tese de doutorado defendida na USP em 2014. Trata-se de um trabalho teórico, diferente do primeiro livro que tem uma conotação prática, com conteúdo aplicado. Contudo, a reflexão desenvolvida nesta obra contribui para o debate sobre a importância de repensar os conceitos de plágio e autoria considerando-se o contexto das novas tecnologias da informação e comunicação. Disse acima que estes conceitos são oriundos da modernidade, contudo o mundo mudou muito nos últimos tempos e penso que é preciso repensar as ideias de autoria, propriedade e reprodução, entre outros, considerando-se a sociedade da informação caracterizada pela troca, fluidez, compartilhamento e colaboração. Neste âmbito, as noções de “meu” e “teu” já não são como eram…

Participe do lançamento do Livro Outras palavras sobre Autoria e Plágio. 

Livro Plágio Marcelo1

Mais informações: http://www.atlasvirtual.com.br/EmailMkt/CAMPANHAS/informe-Outras-Palavras-Sobre-Autoria-e-Plagio/index.html

Prof. Dr. Marcelo Krokoscz é Doutor em Educação (FEUSP); Mestre em Educação (FEUSP); Licenciado em Filosofia (UNIFAI), Bacharel em Teologia (UNIFAI); Licenciado em Pedagogia (UNIBAN); Membro da rede acadêmica mundial para o enfrentamento do plágio (PlagiarismAdvice.org); Autor dos livros “Autoria e Plágio: um guia para estudantes, professores, pesquisadores e editores” (Atlas, 2012) e “Outras palavras sobre autoria e plágio” (Atlas, 2015); Editor do website http://www.plagio.net.br; Editor da revista Liceu Online. No meio acadêmico desenvolve pesquisas e apresenta conferências sobre autoria, interesse, originalidade e plágio no processo de produção, redação e publicação científica. No ensino superior é professor de Metodologia Científica e Coordenador do Programa de Iniciação Científica na Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP); Na Educação Básica é diretor do Colégio FECAP. No meio editorial realizou trabalhos de consultoria técnica para a publicação de obras didáticas da Editora Moderna e da Editora Ática. Contato: marcelix@usp.br  Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/1079486291839265

Disponível em: <http://www.sibi.usp.br/noticias/plagio/>. Acesso em: 15 ago. 2015.

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Normas para formação, guarda e destinação de acervo acadêmico

Recebido da lista de discussão da CBBU.

***

Foi publicada, ontem (19/12/2013) no Diário Oficial da União a PORTARIA N. 1.224, DE 18 DE DEZEMBRO DE 2013 que Institui normas sobre a manutenção e guarda do Acervo Acadêmico das Instituições de Educação Superior (IES) pertencentes ao sistema federal de ensino.Seguem links para consulta:

Site do SIGA – Código:
www.siga.arquivonacional.gov.br/media/ifes_codigo_e_tabela_temporalidade/portaria_n0922011_codigo_de_classificacao_de_documentos_.pdf

Site do SIGA – Tabela:
www.siga.arquivonacional.gov.br/media/ifes_codigo_e_tabela_temporalidade/portaria_n0922011_tabela_de_temporalidade_e_destinao.pdf

Estes instrumentos foram regulamentados pela Portaria nº 92, de 23/09/11 do Arquivo Nacional:
www.siga.arquivonacional.gov.br/media/ifes_codigo_e_tabela_temporalidade/portaria_an_n92_23_09_2011.pdf

A Portaria nº 1.224, de 18/12/13 institui normas para formação, guarda e destinação do acervo acadêmico em todas as IFES de acordo com o Código e a Tabela.

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Pós-graduação – Especialização Informação em Ambientes Digitais

Cursos de especialização em nível de pós-graduação lato sensu são direcionados à área de exercício profissional, tanto do docente como de outros profissionais inseridos no mercado de trabalho, na perspectiva de educação continuada. O curso de especialização Informação em Ambientes Digitais tem carga horária mínima de 360 horas, não computando o tempo destinado à elaboração de monografia de conclusão de curso. As instituições credenciadas pelo Ministério da Educação (no caso das instituições federais) tem autonomia para oferecer cursos de especialização em nível de pós-graduação lato sensu nas áreas em que possuem competência acadêmica instalada. Nesse sentido, o curso de Informação em Ambientes Digitais foi autorizado pela Pró-Reitoria de Extensão da UFSCar. O curso de especialização Informação em Ambientes Digitais tem validade nacional por obedecer integralmente à Resolução CNE/CES nº 1, de 8 de junho de 2007.

O Curso:

Contemporaneamente, as organizações defrontam-se com a realidade de geração, uso, reuso, tratamento e disseminação de informações em ambientes digitais. Além disso, muitas organizações se encontram numa situação da necessidade urgente de tomada de decisão em relação aos acervos e arquivos existentes em formatos físicos; especificamente, se estes deveriam ser digitalizados ou não. Surge, então, uma consciência crescente em torno do reconhecimento da necessidade de se planejar a sustentabilidade digital, a qual começa com políticas efetivas e estratégicas, mais de que com soluções técnicas.
Diante deste cenário, o curso de especialização Informação em Ambientes Digitais visa capacitar profissionais para lidar com decisões e práticas relativas a aspectos que envolvem o ambiente digital. Para tal, o curso oferecerá disciplinas que englobam variadas dimensões das novas configurações da produção, tratamento e recuperação da informação digital e seus usuários, além de oferecer conteúdos e práticas relacionadas à preservação de diferentes tipos de conteúdos digitais.

Público alvo:

Bibliotecários, arquivistas, curadores, jornalistas e servidores de instituições e órgãos públicos, privados e do terceiro setor que trabalhem com informação digital.
Profissionais e pesquisadores que demandam por informações especializadas voltadas às novas formas de organização, tratamento e gestão da informação digital.
Gestores de organizações públicas e privadas que buscam o aprimoramento das competências informacionais em ambiente digital.

Objetivos:

O Curso se propõe a capacitar profissionais e pesquisadores para lidar com a produção, organização e uso da informação digital em instituições do setor público, privado e do terceiro setor, agilizando rotinas de trabalho e pesquisa, e potencializando processos para tomada de decisão e inteligência competitiva, entre outros benefícios. Os objetivos específicos do curso são:
Especializar a formação de profissionais e pesquisadores sobre as melhores práticas, metodologias e políticas atuais relacionadas à produção, tratamento, organização e recuperação da informação em ambiente digital seja em ambiente institucionalizado público ou privado, ou em rede.
Oferecer aos participantes a oportunidade de se capacitar em recursos, softwares, sistemas e rotinas relacionadas ao gerenciamento do fluxo da informação digital, com fins de otimizar sua recuperação e uso para a tomada de decisão, considerando no entanto, as possibilidades e viabilidade de se estabelecerem políticas de acesso, organização, preservação e uso de conteúdos digitais.
Especializar a formação de profissionais e pesquisadores sobre as melhores práticas, metodologias e políticas atuais relacionadas ao diagnóstico, identificação, mapeamento, intervenção e armazenamento da informação em ambientes digitais.

Pré-requisitos:

Ser portador de diploma de curso superior.

Coordenação:

Profa. Dra. Ariadne Chlöe Mary Furnival

Vice-coordenação:

Profa. Dra. Zaira Regina Zafalon

Maiores informações

http://www.infodigital.ufscar.br/index.php

Disponível em: <http://www.dci.ufscar.br/news/pos-graduacao-especializacao-informacao-em-ambientes-digitais>. Acesso em: 4 dez. 2012.

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Justiça condena universidades por pirataria

Empresa que contrata o fornecimento de um software específico não tem autorização para repassar o uso do programa para companhias do mesmo grupo sem o pagamento de licenças. Com esse entendimento, a 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça confirmou a condenação por pirataria de software à Rede Brasileira de Educação a Distância, mais conhecida por Universidade Virtual Brasileira (UVB).

De acordo com os autos, a UVB comprou em 2000 um software desenvolvido pelo Centro de Estratégia Operacional (CEO) por R$ 121 mil. O programa possibilita a realização de cursos à distância e foi licenciado para uso exclusivo da UVB.

No entanto, a universidade distribuiu o software às suas sócias e, no mínimo, a outras 33 universidades do Brasil e do exterior. A UVB faz parte da sociedade que contém dez das maiores instituições privadas de ensino superior do Brasil: Anhembi Morumbi (Grupo Laureate), Uniderp (Anhanguera), Unimonte, Universidade Veiga de Almeida, Unisul, Unitri, o Centro Universitário Newton Paiva, Universidade Potiguar, Unama e a UVV/Sedes.

Segundo o processo, as instituições envolvidas ainda desenvolveram outros cursos não-presenciais e os revenderam a empresas. A utilização fraudulenta do programa foi confirmada pela CEO por meio de um rastreador.

Ao ser confrontada pelo ato irregular, a UVB se negou a pagar por novas licenças e desligou o rastreador do software. As instituições alegaram que, como eram sócias da empresa que comprou o programa, as universidades teriam o direito de se apropriar do aplicativo. No entanto, os argumentos não foram aceitos pela Justiça.

O relator do caso no STJ, ministro Sidnei Beneti, considerou que “a autora contratou o fornecimento de software inicial e acréscimos à ré, para uso exclusivo dela própria, não lhe dando autorização para multiplicar esse uso a numerosas universidades, com seus cursos de ensino à distância”. Ele destacou, ainda, que houve “malícia” da UVB, ao desativar o rastreador.

A execução
O STJ definiu que a execução, promovida por perito apontado pelo juiz de primeira instância, se dará em cima do cálculo de dez a 43 vezes o valor original do software, com acréscimo de multa de dez vezes o número de usos fraudulentos. A UVB deverá pagar indenização diária de no mínimo R$ 5 mil, cujo período também será estipulado pelo juiz de primeira instância.

Luis Barison, principal acionista da CEO, calculou que o valor da ação, considerando multa, correções e sucumbência, pode chegar a R$ 250 milhões, o que tornaria esta condenação por pirataria a maior já feita no Brasil.

Ele destacou que, entre as universidades privadas condenadas, algumas têm como acionistas grandes fundos de investimentos estrangeiros. É o caso da Anhembi Morumbi e da Universidade Potiguar, que são controladas pela Laureate, que por sua vez tem como seu principal acionista o fundo norte-americano KKR. A Uniderp, que passou para o controle da Anhanguera, tem como acionista o banco também norte-americano Goldman Sachs. Com informações da Assessoria de Imprensa da CEO.

Para ler o voto do ministro Sidnei Beneti: https://ww2.stj.jus.br/revistaeletronica/Abre_Documento.asp?sLink=ATC&sSeq=10158310&sReg=200900431679&sData=20101019&sTipo=51&formato=PDF

Resp 1.127.220

FONTE/ORIGEM => http://www.conjur.com.br/2010-out-26/distribuicao-software-empresas-socias-licenca-vedada
Fonte: Lista Infolegis, 27/10/2010.

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Livros levam mais longe

Estudo internacional analisa a relação entre leitura e escolaridade em 27 países. O resultado indica: quanto mais livros houver em uma casa, mais anos de escolaridade tenderá a ter a criança que nela crescer.

Por: Larissa Rangel

Publicado em 20/07/2010 | Atualizado em 21/07/2010

Livros levam mais longe Segundo o estudo mundial, crianças que crescem com 500 ou mais livros em casa têm em média sete anos de escolaridade a mais do que as criadas longe das bibliotecas (foto: flickr.com/Ozyman – CC NC-SA 2.0).

Crianças que crescem rodeadas por livros podem ter até três anos a mais de escolaridade, independentemente da formação ou ocupação de seus pais. Esse foi o resultado apontado pelo maior estudo já feito sobre a relação entre os livros no ambiente doméstico e a educação escolar.

O artigo, publicado na revista Research in Social Stratification and Mobility, mostra que pessoas que cresceram em casas com até 500 livros têm 33% a mais de chance de concluir o ensino fundamental e 19% de se graduar numa universidade. Para chegar a esses números, pesquisadores americanos ouviram mais de 70 mil pessoas em países como China, Rússia, França, Portugal, Chile e África do Sul.

“Fazer as famílias lerem mais pode trazer recompensas substanciais para a educação mundial”

Liderados por Mariah Evans, da Universidade de Nevada, eles defendem que o atual modelo de educação busca uma cultura erudita, baseada no estímulo à leitura. “Uma das conclusões mais importantes é que fazer as famílias lerem mais pode trazer recompensas substanciais para a educação mundial”, diz a socióloga à CH On-line.

A partir da pesquisa, eles defendem que políticas de estado sejam desenvolvidas para incentivar a educação.

A proposta é que se meça a quantidade de livros em cada casa de família e, de acordo com o resultado, o governo providencie mais exemplares para onde houver poucos. No trabalho, a socióloga argumenta que tal medida seria eficaz até mesmo para o desenvolvimento educacional e econômico de algumas comunidades rurais.

Leitura em casa
‘Aproximadamente quantos livros existiam na sua casa quando você tinha 14 anos?’ A pergunta foi feita às 70 mil pessoas que participaram da pesquisa (foto: John Martin – CC NC-SA 2.0).

Cada livro conta

Para observar os diferentes hábitos pelo mundo, o estudo ouviu pessoas em 27 países. Naqueles onde as diferenças entre classes sociais e a segregação eram muito fortes, como África do Sul e China, os pesquisadores separaram os dados de acordo com os grupos, analisando separadamente as diferentes camadas de cada sociedade.

“Aproximadamente quantos livros existiam na sua casa quando você tinha 14 anos?” Essa era a pergunta feita a cada entrevistado. Os que cresceram sem nenhum livro por perto atingiram, em média, sete anos de estudo. 

Os que cresceram sem nenhum livro por perto atingiram, em média, sete anos de estudo

Aqueles com mais ou menos 12 livros em casa completaram onze anos de escolaridade – indicando que mesmo uma quantidade pequena de títulos já faz diferença. Já os que vieram de famílias letradas, com cerca de 500 livros nas estantes, registraram uma média de 14 anos de estudo, tempo padrão de um estudante universitário nos Estados Unidos.

O estudo mostrou ainda que, do ponto de vista do impacto sobre a escolaridade dos filhos, a diferença entre uma família sem livros e outra com 500 livros é praticamente a mesma que ocorre entre famílias de pais pouco letrados (com até três anos de estudo) e de pais com diploma universitário.

Ou seja, o bônus de escolaridade de uma criança criada por pais com o terceiro grau completo é o mesmo de outra que cresceu rodeada de livros – cujos pais podem ser mais escolarizados ou não. Apenas 3% daqueles que não cresceram com livros conseguem entrar na universidade, enquanto 13% dos que têm essa cultura em casa atingem o terceiro grau.

Em países marcados por um sistemas de repressão, como China e a África do Sul do apartheid, verificou-se que o costume de leitura era maior. Os autores sugerem uma razão para tal: o livro poderia ser visto como uma alternativa à repressão que os indivíduos sofriam.

Leitura em casa
Piso para a leitura: pesquisadores defendem que governos ajam para garantir um mínimo de livros em casas de famílias (foto: Yoshiyasu Nishikawa – CC BY-NC-ND 2.0).

De geração para geração

Além de proporcionar mais conhecimento, uma grande biblioteca em casa indica que os integrantes da família podem ter ligação mais forte e maior capacidade para discussões intelectuais.

Filhos levarão o hábito para suas casas e será formado um ciclo baseado numa cultura letrada

Uma cultura mais formal e erudita, caracterizada pela presença de livros, é capaz também de aumentar o interesse dos filhos pela educação em longo prazo. Sucessivamente, esses filhos levarão esse hábito para suas casas e será formado um ciclo baseado numa cultura letrada.

Os responsáveis pelo estudo garantem que uma vida cheia de livros fornece habilidades essenciais ao desempenho escolar e profissional das crianças: vocabulário, informação, imaginação, familiaridade com a boa escrita e raciocínio lógico.

Quanto aos avanços tecnológicos e ao surgimento de livros virtuais, Mariah Evans responde que o importante é o conteúdo, e não o formato. “Só poderemos saber ao certo quando a geração da internet crescer, mas o importante é facilitar o acesso aos livros”, defende a socióloga.


Larissa Rangel

Ciência Hoje On-line

Disponível em: <http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/2010/07/livros-levam-mais-longe>. Acesso em: 21 jul. 2010.

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Universidades recorrem a software contra plágio

Programas rastreiam trechos copiados de sites na internet; docente da UnB detecta também alta de casos de autoplágio em artigos científico

Karina Toledo escreve para “O Estado de SP”:

Preocupadas em combater o plágio em trabalhos acadêmicos, instituições de ensino superior têm adotado programas de computador que ajudam o professor a identificar os casos suspeitos. Recentemente, a Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a Faape o Senac SP aderiram à ideia. A Universidade Anhembi Morumbi e a Universidade Cruzeiro do Sul utilizam esse tipo de ferramenta desde o início de 2008.

Alguns desses softwares estão disponíveis gratuitamente na internet. Os mais elaborados, em geral pagos, analisam cada parágrafo do documento enviado pelo aluno e o compara com o conteúdo de bilhões de sites da internet e de algumas bibliotecas eletrônicas, elaborando um relatório como índice de coincidências encontradas.

Esse é o caso do Safe Assign, um dos mais usados no País. O programa também compara o trabalho com todos os outros já submetidos à sua base de dados. “Isso permite ao professor descobrir, por exemplo, se o aluno está reaproveitando uma pesquisa já apresentada em anos anteriores”, explica Emerson Fabiani, coordenador da Escola de Direito da FGV. “O software não apenas identifica o trecho copiado como aponta o endereço eletrônico do conteúdo original”, conta.

O professor do Mackenzie Ismael Silveira utiliza dois outros sites para combater a fraude: http://www.plagiarismdetect.com e http://www.plagium.com. Com base em um documento, eles fazem a busca na internet por textos similares. “Mas esses programas não são infalíveis, é preciso tratar o problema na raiz”, diz o professor, que defende ações para conscientizar os alunos da importância que os trabalhos acadêmicos têm na formação. “Quanto mais o orientador acompanha o desenvolvimento do trabalho mais improvável será o plágio”, avalia.

O professor da Universidade de Brasília (UnB) Marcelo Hermes – coeditor das revistas científicas PLoS Onee Comparative Biochemistryand Physiology – é usuário assíduo do site Deja vu (spore.swmed.edu/dejavu), que detecta plágio em artigos científicos. Ele identificou, entre 1990 e 2006, 386 trabalhos de pesquisadores brasileiros apontados pelo programa de varredura como suspeitos. “Apenas 29 casos foram analisados e 8 considerados fraude. Acredito que 90% desses casos sejam de autoplágio, ou seja, o autor faz uma maquiagem em um artigo seu já publicado e o submete a outra revista, o que é antiético.”

Hermes ressalta que as fraudes aumentaram muito após 2001 e atribui o fato ao aumento da pressão por produtividade por parte das agências de fomento à pesquisa. “Estão mais preocupados coma quantidade do que com a qualidade da produção científica.Como aumento no número de revistas científicas, as menos tradicionais aceitam publicar qualquer coisa.”

(O Estado de SP, 2/4)

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