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Convite para palestra “As práticas de tirania nas bibliotecas brasileiras”, pelo bibliotecário e pesquisador Cristian Santos

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15 setembro 2015 · 9:00 pm

Convite para palestra "As práticas de tirania nas bibliotecas brasileiras", pelo bibliotecário e pesquisador Cristian Santos

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15 setembro 2015 · 9:00 pm

Biblioteca Digital da USP ultrapassa marca de 50 mil títulos

Da Agência USP de Notícias

A Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (BDTD) da USP ultrapassou a marca de 50 mil títulos, entre dissertações de mestrado, teses de doutorado e livre-docência.

No dia 1º de dezembro, a BDTD registrava 29.717 dissertações, 19.991 teses e 359 livre-docência, totalizando 50.067 documentos.

Lançada em 28 de junho de 2001, a Biblioteca Digital reúne o maior acervo digital institucional do Brasil. O acesso aos títulos está disponível para qualquer interessado no site da BDTD.

Disponível em: <http://www5.usp.br/71808/biblioteca-digital-da-usp-ultrapassa-marca-de-50-mil-titulos/>. Acesso em: 2 dez. 2014.

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Evento no ICMC marca 40 anos da Biblioteca Achille Bassi

Palestra, homenagem e exposição fazem parte da comemoração dos 40 anos de uma das maiores bibliotecas do país na área de matemática

 

Biblioteca possui hoje o terceiro maior acervo do país na área de matemática

A história do terceiro maior acervo do Brasil na área de matemática começou a ser escrita há exatos 40 anos em São Carlos, na Biblioteca Achille Bassi, no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP. O espaço agrega hoje aproximadamente 140 mil volumes e 23 mil títulos de periódicos eletrônicos nas áreas de ensino e pesquisa não só de matemática, mas também de computação e áreas afins.

O evento comemorativo que marcará essa data vai acontecer na próxima sexta-feira, 12 de setembro, a partir das 14 horas, no auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano. Aberta a todos os interessados e gratuita, a comemoração começará com uma palestra com Galeno Amorim, ex-presidente da Fundação Biblioteca Nacional. A seguir, haverá uma homenagem para as ex-diretoras da Biblioteca e a abertura da exposição fotográfica “40 Anos da Biblioteca Professor Achille Bassi”.

Sobre o palestrante – Professor e autor de 16 livros, entre ensaios (como “Retratos da Leitura no Brasil”) e literatura infanto-juvenil, Amorim é diretor geral do Observatório do Livro e da Leitura e consultor internacional em políticas públicas do livro e leitura. Além de presidir a Fundação Biblioteca Nacional, também foi presidente do Centro Regional de Fomento ao Livro na América Latina e no Caribe (Cerlalc/Unesco), tendo criado e dirigido inúmeros programas e instituições ligadas à área, entre os quais o Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), do qual foi o primeiro coordenador.

Formado em comunicação social, com especialização em educação e MBA em marketing, Amorim foi membro dos conselhos estaduais de leitura dos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro e secretário municipal de Cultura de Ribeirão Preto. Já atuou em veículos de comunicação como O Estado de S.PauloJornal da Tarde e Rede Globo, entre outros.

 

Exposição fotográfica retrata a evolução da Biblioteca


Comemoração dos 40 anos da Biblioteca Achille Bassi

Onde: auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano, no ICMC

Endereço: Av. Trabalhador São-carlense, 400.

Quando: 12 de setembro, às 14 horas.

Mais informações: Setor de Eventos do ICMC (eventos@icmc.usp.br) – (16) 3373-9622.

Disponível em: <http://www.icmc.usp.br/Portal/Noticias/leituraNoticias.php?id_noticia=540&tipoPagina=Noticias&tipoNoticia=Eventos>. Acesso em: 11 set. 2014.

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Unesp adota software para evitar plágios

Ferramenta que compara textos vai ser usada principalmente pelos professores da Pós-Graduação

 23 de maio de 2011 | 0h 00

Mariana Mandelli – O Estado de S.Paulo

A Universidade Estadual Paulista (Unesp) adotou um software para prevenir plágios em trabalhos e pesquisas acadêmicas. O programa será utilizado por todos os docentes de todos os câmpus da instituição – especialmente da pós-graduação.

Para detectar possíveis trechos idênticos aos textos de pesquisas antigas, o software Turnitin, desenvolvido por uma empresa norte-americana, conta com um imenso banco de dados. Segundo a universidade, são milhões de informações, entre teses, livros, dissertações, revistas científicas, sites e também artigos de diversos gêneros – a maioria em inglês.

O software é usado em mais de 2,5 mil universidades de todo o mundo – entre elas, a Universidade Harvard e a Universidade da Califórnia. No início do mês, foi oferecido aos professores de todas as unidades um treinamento para utilizar o programa, que não precisa ser instalado no computador: ele está disponível online e é acessível com os caracteres de usuário e senha que a própria Unesp vai oferecer, por meio de seus bibliotecários.

Segundo o professor titular do Departamento de Física da Unesp de Bauru Carlos Roberto Grandini, que participou do treinamento, o docente vai colocar o trabalho do aluno no sistema de busca, que vai se encarregar de buscar trechos semelhantes a outras publicações. “Se um trecho selecionado ficar vermelho, por exemplo, significa que ele tem um grau de 80% ou mais de equivalência a um texto previamente publicado”, diz Grandini, que também é presidente da Comissão Permanente de Avaliação da Unesp (CPA). “As cores variam de acordo com o nível de igualdade dos textos que estão sendo comparados.”

A partir dessas informações, o professor da graduação ou da pós-graduação vai decidir se o caso pode ser entendido ou não como plágio – a ideia é prezar pela ética e originalidade dos trabalhos desenvolvidos na Unesp.

Grandini já passou por algumas situações, como docente, em que detectou semelhanças entre os trabalhos dos seus alunos e a bibliografia do tema. “O software não é 100% eficiente, porque dependemos das consultas e da abrangência do material cadastrado no banco de dados”, afirma. “Mas na internet a gente encontra de tudo hoje. Precisamos ter o mínimo de defesa.”

De acordo com ele, a Unesp pretende abastecer o sistema do software com mais dados – com material de literatura científica em língua portuguesa.

PARA LEMBRAR

Em fevereiro, um docente em regime de dedicação exclusiva, Andreimar Soares, foi demitido da USP por ser o autor de uma pesquisa considerada um plágio de estudos do Instituto de Microbiologia da UFRJ. A pesquisa liderada por ele utilizou três imagens de microscopia eletrônica idênticas às publicadas pela UFRJ e envolveu 11 pesquisadores – entre eles, a ex-reitora da USP Suely Vilela.

Disponível em: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110523/not_imp722806,0.php

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Indelével vergonha ética

O plágio deve ser enfrentado não como crime, mas como infração capital que marcará para sempre o autor com o vexame de ser chamado de plagiador e com o dever de retratação pública, diz antropóloga

26 de fevereiro de 2011 | 16h 00

DEBORA DINIZ

Uma ex-aluna de doutorado, dez autores, cópias indevidas de imagens e dois grupos de pesquisa em disputa. O tema do conflito é uma questão tão antiga quanto a ideia de autoria na ciência – o plágio. Em um caso raro de julgamento público no Brasil, um professor da USP é demitido e o título de doutora da estudante é cassado. Os outros oito pesquisadores vestem agora o manto da vergonha pelo que é conhecido como a infração ética capital entre os acadêmicos. O plágio é a cópia indevida e não autorizada de uma criação intelectual. Não é um crime, mas uma infração ética que ameaça a integridade da ciência – embora possa ser crime, se houver direitos autorais envolvidos. O plágio assume diferentes nuances, a depender do campo onde se expressa. Há plágio na música, na literatura, nas artes. Se nos livros de culinária o plágio ganha os contornos de uma cópia criativa e saborosa, na ciência, ele escandaliza e emudece seus praticantes.

Seria falso acreditar que os estudantes ou pesquisadores da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, ou da USP, no Brasil, plagiam mais que os outros. Onde há ensino e pesquisa, há a prática do plágio. Grande parte das universidades americanas aderiu aos softwares de caça-plágios pela bagatela de um real por estudante. A ideia é simples e o mercado está em ascensão. Para cada estudante matriculado na universidade, há o registro em um programa eletrônico. Antes de serem avaliados no mérito, todos os trabalhos acadêmicos são submetidos à vistoria do caça-plágio. O programa não emite o veredicto, mas acena para as semelhanças entre o texto e o arquivo do sistema. Para o software mais popular na língua inglesa, Turnitin, o critério mínimo para alertar um possível plágio é o de sete palavras idênticas em sequência. A Universidade Harvard optou por não aderir à indústria de controle do plágio, pois acredita que a honra acadêmica se ensina e se aprende.

Como professora, nunca identifiquei uma situação de plágio em sala de aula, mas tenho a convicção ética de que o plágio de um estudante de graduação não se compara ao plágio de um colega pesquisador. O estudante está em processo de desenvolvimento moral e intelectual, é um aprendiz das sofisticadas regras da comunicação científica. Antes de descobrir a própria voz, aprenderá as regras da escrita científica. Entre o que se define como citação – a repetição autorizada para o jargão científico – e o plágio há uma fronteira nebulosa para o jovem estudante. O papel dos educadores é continuamente mostrar os limites dessa fronteira e os riscos de ser identificado como um “plagiador”. O plágio cometido por um estudante é resolvido com uma reprovação, o castigo máximo autorizado a um professor diante de seu aluno. A reprovação terá consequências permanentes sobre a futura carreira do jovem pesquisador: o registro da infração sempre estará em seu histórico escolar.

Também para um pesquisador maduro o plágio deve ser entendido como uma infração ética e não como um crime. Acredito ser um equívoco usar a força penal do Estado contra o pesquisador plagiador. A diferença entre o estudante e o pesquisador deve estar nas consequências do desvio ético. Um plágio comprovado deve ser publicizado e impor o silêncio obsequioso aos pesquisadores. A vergonha de ser nomeado “plagiador”, o dever de retratação pública, a ação da editoria da revista de retirada da autoria são práticas comuns à comunidade científica para o controle do plágio. Como editora de uma revista científica internacional, nunca encontrei um plagiador que assumisse a intenção do plágio: todos sofrem de criptomnésia, memória fotográfica ou desorganização espacial. Aqueles que não apelam para a psiquiatria para fugir do estigma de plagiador alegam ter sofrido do que o crítico literário Harold Bloom denominou, em outro contexto, de “angústia da influência”: de tão inspirados em suas fontes literárias, assumem como suas as palavras de outros.

A verdade é que, exceto pelos plagiadores iniciantes, não há como julgar a intencionalidade do plágio. Por inocência ou preguiça intelectual, o resultado do plágio é sempre o mesmo: a violação da honestidade científica. Mas é como uma infração ética que devemos enfrentar o plágio. A comunidade científica brasileira possui uma das ferramentas mais poderosas de controle do plágio – as bases abertas de acesso à comunicação científica, como a Biblioteca Scielo. As mais importantes revistas científicas brasileiras estão disponíveis em formato aberto, uma aposta de democratização da ciência, mas também de vigilância compartilhada sobre a integridade da produção científica nacional. É nesse sítio que os artigos plagiados descobertos serão carimbados com o registro de “retratação”, o sinal público de que o manto da vergonha acompanhará para sempre o pesquisador.

Debora Diniz é professora da Universidade de Brasília e pesquisadora da Anis – Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero

Disponível em: <http://www.estadao.com.br/noticias/suplementos,indelevel-vergonha-etica,684890,0.htm>. Acesso em: 28 fev. 2011.

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XIII Semana do Livro e da Biblioteca na USP – SDO/FOB-USP

A biblioteca do SDO realizará a XIII Semana do Livro e da Biblioteca na USP, de 25 a 29 de outubro/2010, com o tema “Por onde anda o acesso acerto na USP?”. A programação completa está disponível em: http://www.fo.usp.br/sdo.

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Calourada na biblioteca

Em trote solidário, calouros da USP fazem `apagação´ de livros rabiscados

23 de Fevereiro de 2010

Os calouros do curso de psicologia da USP (Universidade de São Paulo) passaram por um trote diferente das tradicionais pinturas de guache nesta segunda-feira (22).

Com borrachas em punho, eles tiveram que apagar as rasuras feitas por outros alunos em livros da biblioteca da faculdade. A atividade, chamada de “Apaga-ação”, ocorreu pelo terceiro ano consecutivo e faz parte da semana de calouros da unidade.

A ideia é colaborar com a conservação do acervo e conscientizar os bixos (nomenclatura da USP para os calouros) a não rabiscarem os livros. A biblioteca fornece borracha macia e, durante uma hora, os calouros apagam anotações, rabiscos, sublinhados e marcas feitas a lapis no acervo.

Segundo a diretora da biblioteca da Faculdade de Psicologia, Maria Imaculada Cardoso Sampaio, a ação já contribuiu para a diminuição do número de obras rasuradas. “É importante alertá-los de que o livro é patrimônio público e não deve ser estragado. Além disso, textos com anotações podem dirigir a leitura de quem irá lê-los, e isso não é aconselhável”, diz.

Célia Regina de Oliveira Rosa, coordenadora da atividade e chefe da seção de acesso à informação da biblioteca, nota que a apagação surte mais efeito sobre os alunos do que exposições com os exemplares danificados. “Mesmo os livros que sempre eram os mais rasurados, depois do trote, já não vêm tão rabiscados”, afirma. Os livros de Freud, Jung e Winnicott, leituras básicas dos estudantes da graduação, estão entre os que têm mais anotações feitas pelos graduandos.

Os veteranos não sentem falta do trote antigo, com pedágios e festas? De acordo com uma das organizadoras da semana dos bixos, Gabriela Aquino Kleiner, 19, a semana terá esse tipo de atividade, além de ações solidárias, como doação de roupas e brinquedos. “Dá tempo para fazer tudo. Na matrícula os calouros também foram pintados, mas foi tudo muito calmo. Pode ver que tem muita gente aí que ainda está cabeluda, porque não quis cortar o cabelo, e a gente respeitou”, explica.

Calouros aprovaram
Apesar do cansaço após um dia inteiro de atividades –os calouros chegaram às 8h e a apagação foi das 16h às 17h30– os estudantes aprovaram a iniciativa. “É interessante, porque é um jeito de fazer sentir na pele o que a gente faria”, diz Gianlucca Vergian Dalenogare, 19.

“Eles grifam tudo e depois nem vão ler; por que não pegam um papel à parte e anotam?” questiona a caloura Priscilla Terumi Moraes, 20. “É uma falta de respeito”, completa. “A gente não vai riscar nenhum livro, porque o choque é grande”, desabafa Aline Carrenho, 21. “Até por estarem na faculdade, essas pessoas deveriam saber que não pode [rabiscar]. É uma falta de consciência muito grande”, diz.

Michelle Gallindo, 17, até aproveitaria uma boa rasura: “Se for uma anotação boa, eu até aproveito, mas um livro limpo é mais bonito, né?”, opina.

Fonte: http://www.saocarlosoficial.com.br/noticias/?n=MA3787K3JH

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Um leitor incansável

Em meio aos quase 100 mil títulos da biblioteca do empresário e colecionador José Mindlin está um trabalhador acuado. Envolvido pela maior coleção particular do País, segura cuidadosamente um livro. Lê, escaneia e vira página por página, com delicadeza e rapidez. Há quase dois meses repete incansavelmente a rotina. Por suas mãos já passaram exemplares raros, originais de Machado de Assis, José de Alencar e Joaquim Manoel de Macedo. Sermões do Padre Antônio Vieira ou gravuras de Jean-Baptiste Debret. Edições raríssimas, todas fora de catálogo ou praticamente inéditas no País, reunidas por José Mindlin desde os 13 anos de idade.

Tamanho cuidado e precisão são necessários. O trabalho delicado é o passo inicial para a realização do projeto de digitalização da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, acervo de quase 17 mil títulos que pertencia ao bibliófilo e foi doado à Universidade de São Paulo em 2006. Esta pequena, porém suntuosa, parte de seus livros, antes restrita, ganha lugar na internet a partir da semana que vem. O trabalhador citado anteriormente, responsável pela transferência das obras para o computador, é um robô de Nova York.
Inédito na América Latina, o Kirtas APT 2.400 BookScan custa cerca de 220 mil dólares e foi uma aposta da Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp), que doou o equipamento à universidade e trabalha em parceria com ela. Especializado em digitalização de livros encadernados, o scanner robotizado é capaz de ler 2.400 páginas por hora. Um livro de 300 páginas, por exemplo, pode ser transferido para um computador em meros oito minutos.

Uma vez digitalizado, o conteúdo do livro é acessado pela equipe de pesquisadores e operadores da USP por meio de soft-wares livres e customizados. O grupo organiza o material para disponibilização on-line em uma página com acesso irrestrito. Assim, mapas, manuscritos, gravuras e textos antigos passam a ser propriedade não só da universidade, mas de quem quiser, gratuitamente, em casa, imprimir, copiar ou consultar os arquivos. Selecionar, recortar e buscar palavras em textos, da maneira que lhe for apropriada. Sem pagamentos ou senhas, o acesso a obras de domínio público que, normalmente, pouco são tocadas nas prateleiras das bibliotecas tradicionais, torna-se universal.

O projeto é grandioso e pretende atingir não só a Brasiliana de Mindlin, mas outras bibliotecas da universidade, como as dos cursos de Direito e Filosofia. A fase atual é de experimentação. A partir da próxima semana, estará disponibilizada uma pequena amostra, cerca de 5 mil títulos, do que poderá ser um dos maiores acervos on-line do mundo. O endereço digital (http://brasiliana.usp.br/) será lançado durante o Seminário Mindlin 2009, que acontece entre os dias 16 e 18 de junho no Museu de Arte de São Paulo. Entre os convidados estará Beatriz Haspo, responsável pela divisão de coleções, acesso e empréstimo da exemplar e monumental Biblioteca do Congresso americano. Jean- Claude Guedón, professor da Universidade de Montreal, no Canadá, vem para falar sobre as políticas de digitalização, assunto no qual é considerado uma autoridade.

Coordenada pelos historiadores e professores da USP István Jancsó e Pedro Puntoni, a Brasiliana Digital tem a ambição de se equiparar aos grandes acervos mundiais. “Esta revolução tecnológica, a digitalização robotizada, tem permitido um ganho de velocidade de processamento. A técnica está por trás dos grandes projetos internacionais, como o Google Books”, diz o professor Puntoni, citando o bem-sucedido modelo de acervo on-line gratuito pertencente ao maior site de buscas do mundo.

“A ideia do projeto é tornar a vida do usuá-rio mais fácil. Esta versão é um teste, mas queremos receber os comentários e aperfeiçoá-la, deixá-la mais estável. A inclusão digital não pode servir só para navegar no Orkut”, afirma Puntoni, diretor da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin. A fase piloto, que se estende até 2010, pretende disponibilizar cerca de 10 mil títulos.

A importância do empreendimento vai além da pesquisa. O conteúdo deve ser entendido como instrumento para fortalecer a educação nacional, já que pode auxiliar na produção de material didático para todos os níveis escolares. Serve ao nível fundamental da mesma maneira que pode auxiliar as análises avançadas na área de humanidades. “É um acervo em crescimento, estendido a todos os que tiverem interesse e conexão”, diz o professor Jancsó.

A consulta irrestrita via web a material bibliográfico tão vasto ajuda, sobretudo, a manter duas funções fundamentais de um acervo, o acesso da população ao conteúdo e a preservação histórica. Ironicamente, essas funções tendem a se chocar. Como permitir o manuseio de conteú-do tão raro e ao mesmo tempo conservá-lo em perfeitas condições? Muitas vezes, por se preocuparem mais com a segunda função, bibliotecas restringem o acesso a preciosidades. Um toque descuidado, um pedaço amassado ou um risco sobre o papel podem destruir peças de valor cultural e financeiro altíssimo.

Assim como obras de arte, muitos livros conservados ao longo dos anos se transformam em objetos para ser vistos, não tocados. A tecnologia, que reproduz o livro em fac-símile virtual, anulará esse impedimento. “Em termos de solução técnica, é o que há de mais moderno. Queremos chegar em 2012 com 100 mil objetos digitais de toda a universidade”, almeja o professor Jancsó.

A casa de Mindlin é, contudo, uma estada temporária para o equipamento. Já está em fase de construção, dentro do campus da USP, o prédio que abrigará a coleção, também de acesso irrestrito. O projeto, assinado pelo neto de Mindlin, Rodrigo Loeb, foi pensado para abrigar os 17 mil títulos em três grandes andares circulares. Destaque de protagonista à coleção. Laboratórios e centros de pesquisa voltados à área de preservação também devem ser instalados ali. Formarão a nova moradia do trabalhador robô, que deixará a biblioteca pessoal de Mindlin.

O bibliófilo de 94 anos maravilhou-se com a tecnologia no centro de sua sala. “Realmente, não tinha pensado que chegaria a esse ponto”, diz. “O que está sendo feito aqui é só o começo de um processo bastante longo e interessante. Mas duvido que, na idade em que estou, possa ver o projeto concluído.”

Se plenamente concretizada, a Brasiliana Digital poderá ser modelo de uma futura estrutura nacional, que interligue instituições públicas e privadas. Além de dar ao Brasil posição de destaque no meio, resgatará aos brasileiros parte da história da literatura que pode não estar esquecida, mas, por certo, muito longe da acessibilidade.

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III Semana USP da Propriedade Intelectual

A Assessoria Jurídica da Agência USP de Inovação tem o prazer de
convidá-los para a III Semana USP da Propriedade Intelectual, a
ocorrer nos dias 25 a 29 de maio, conforme documento abaixo ou
consulta ao site da Agência USP – www.inovacao.usp.br.

III SEMANA USP DA PROPRIEDADE INTELECTUAL – 25 A 29.05.09

 

“A IMPORTÂNCIA DA PROPRIEDADE INTELECTUAL PARA A PESQUISA”

 

LOCAL: TODOS OS CAMPI

 

Objetivos:

–  Introduzir o tema à comunidade, relacionando-o às pesquisas desenvolvidas na USP;

– Apresentar à comunidade as possibilidades legais para proteção dos resultados de pesquisas;

–  Levar a comunidade a identificar a importância da propriedade intelectual na pesquisa, como fonte de informação e ferramenta para comercialização.

– Disseminar a cultura da propriedade intelectual.

PROGRAMA INICIAL:

 

 

25.05.09 – segunda-feira

Local: Auditório FEA-5 da Faculdade de Economia, Contabilidade e Administração –  Campus São Paulo

Workshop: A importância da propriedade intelectual para a pesquisa

14:00 – 14:40h  – “A USP e a importância da propriedade intelectual gerada”

prof. Oswaldo Massambani  – Coordenador Agência USP de  Inovação

14:40 – 15:20h – “A participação do Brasil em propriedade intelectual no cenário   mundial”

Dr. Graça Aranha – diretor regional Organização Mundial de Propriedade Intelectual – OMPI

15:20 – 16:00h – “Avanços e desafios do Brasil em propriedade intelectual”

Dr. Jorge Ávila – presidente Instituto Nacional da Propriedade Industrial – INPI

16:00 – 16:40h – “O uso da propriedade intelectual como fonte de informação e garantia de direitos”

Representante da Associação Brasileira da Propriedade Intelectual – ABPI

16:00 – 16:40h – “A importância da propriedade intelectual na parceria Universidade-Empresa”

prof. Ary Plonski – presidente Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores – ANPROTEC

16:40 – 17:30h – Debate

25.05.09 – segunda-feira

 

Local: Auditório Congregação – Largo São Francisco

Abertura: 19:00 – 19:40h

Prof. João Grandino Rodas

Diretor Faculdade de Direito

Prof. Oswaldo Massambani

Diretor Agência USP Inovação

19:40 – 20:20h – “A Lei de Inovação e a propriedade intelectual”

Prof. Balmes Vega

20:20 – 21:00h – “Cristérios de patenteabilidade”

Prof. Newton Silveira

21:00 h – Debate

26.05.09 – terça-feira

Local: Auditório Congregação Largo São Francisco

Debate: “ANVISA e a Exclusividade de dados – proteção contra o uso da informação sigilosa”

19:00 – 19:15 – Abertura

Patrícia Pereira Tedeschi

Agência USP de Inovação

19:15 – 19:45h – Prof. Floriano Azevedo Marques Neto

Faculdade de Direito da USP

“Limites para o uso da informação confidencial dos laboratórios pela ANVISA”

19:45 – 20:15h – Dr. Gabriel Di Blasi

“A proteção dos dados confidenciais”

20:15 – 20:45h – Dr. Fabiano Andreatta

Ely Lilly

“A visão da indústria sobre a exclusividade de dados”

20:45 – 21:15 h – Representante da ANVISA (a confirmar)

“ A visão da ANVISA sobre a exclusividade de dados”

21:15 – 22:00h – Debates

26.05.09 – terça-feira

 

Local: ICB ou FCF – Campus São Paulo

 

 

Workshop: Uso da propriedade intelectual na Universidade

13:30 – 14:30h – Dr. Cláudio Roberto Barbosa

Momsen, Leonardos & Cia.

“Como proteger e utilizar os resultados de pesquisa”

14:30 – 15:30h – Dra. Gisele Guimarães Gomes

Examinadora de patentes do INPI

“Patentes e o acesso ao patrimônio genético brasileiro”

15:30 – 17:30h – Representante Instituto Nac. da Propriedade Industrial – INPI

“Uso da informação tecnológica contida nas bases de patentes”

26.05.09 – terça-feira

 

Local: Anfiteatro FZEA – Laboratório Multimídia – Pirassununga

 

09:30 – 10:15h – Dra. Patrícia Carvalho

Assessora Jurídica – Agência USP Inovação

“Confecção de termos de sigilo e de transferência de material”

10:15 – 11:45h – Dra. Patrícia Carvalho

Assessora Jurídica – Agência USP Inovação

“Convênios e Contratos USP: o que o pesquisador precisa saber”

14:30 – 16:30h – Representante Instituto Nac. da Propriedade Industrial – INPI

“Uso da informação tecnológica contida nas bases de patentes”

27.05.09 – quarta-feira

 

Local:  Sala de Videoconferência CIAGRI III-  Piracicaba

 

10:00 – 12h –    Representante Instituto Nac. da Propriedade Industrial – INPI

“Uso da informação tecnológica contida nas bases de patentes”

Local: Anfiteatro Salim Simão – Pavilhão da  Horticultura –  Piracicaba

14:30 –  15:30h –  Dra. Patrícia Carvalho

Assessora Jurídica – Agência USP Inovação

“Confecção de termos de sigilo e de transferência de material”

15:45 – 16:30h  Dra. Patrícia Carvalho

Assessora Jurídica – Agência USP Inovação

“Convênios e Contratos USP: o que o pesquisador precisa    saber”

 

 

 

27.05.09 – quarta-feira

 

 

Local: Auditório Lucien Lison – Campus Ribeirão Preto

 

13h30 – 14h30 – Dra. Vanda Magalhães

Gerente de Biotecnologia – Eurofarma Laboratórios Ltda.

“Da pesquisa ao mercado”

14h30 – 16h30 – Representante Instituto Nac. da Propriedade Industrial – INPI

“Uso da informação tecnológica contida nas bases de patentes”

17:00  – 18h – Dra. Gisele Guimarães Gomes

Examinadora de patentes do INPI

“Patentes e o acesso ao patrimônio genético brasileiro”

28.05.09 – quinta-feira

 

Local: Auditório Jorge Caron – Campus São Carlos

 

10:00 – 11h –  Dra. Patrícia Tedeschi

Assessora Jurídica – Agência USP de Inovação

“Direitos Autorais: temas atuais e aspectos práticos”

11:00 – 12h – Dr. Manoel Pereira dos Santos

Santos e Furriela Advogados

“A importância da proteção a programa de computadores”

14:00 – 16h – Representante Instituto Nac. da Propriedade Industrial – INPI

“Uso da informação tecnológica contida nas bases de patentes”

28.05.09 – quinta-feira

 

Local: Auditório – Campus Bauru

 

 

18:00 – 19h – Dra. Patrícia Tedeschi

Assessora Jurídica Agência USP de Inovação

“Direitos Autorais: temas atuais e aspectos práticos”

19:00 – 20h – Representante Instituto Nac. da Propriedade Industrial – INPI

“Uso da informação tecnológica contida nas bases de patentes”

28.05.09 – quinta-feira

 

Local: Auditório Polo Computacional – Campus Lorena

 

 

19:00 – 20h –  Dra. Patrícia Carvalho

Assessora Jurídica – Agência USP Inovação

“Convênios e Contratos USP: o que o pesquisador precisa saber”

20:00 – 22h  –  Representante Instituto Nac. da Propriedade Industrial – INPI

“Uso da informação tecnológica contida nas bases de patentes”

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