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O que se perdeu e o que foi salvo no incêndio da Catedral de Notre-Dame

O que se perdeu e o que foi salvo no incêndio da Catedral de Notre-Dame (Foto: Getty Images)

Símbolo da arquitetura gótica, catedral abrigava uma variedade de relíquias católicas, além de quadros, esculturas e artefatos históricos

Construída em entre 1163 e 1343, a Catedral de Notre-Dame, atingida por um grave incêndio em Paris, abrigava uma variedade de relíquias católicas, além de quadros, esculturas e artefatos históricos. Anne Hidalgo, prefeita de Paris, disse que algumas obras de arte que estavam no local foram retiradas a tempo e colocadas em um local seguro. No entanto, os bombeiros afirmam que ainda não é possível ter uma dimensão mais exata dos danos.

Nesta terça-feira (16), o secretário do Estado de Interior, Laurent Nuñez, revelou detalhes da força-tarefa montada para salvar a Catedral do incêndio, que durou nove horas. “Os colaboradores de Notre-Dame, os arquitetos do patrimônio da França e os funcionários do Ministério da Cultura foram mobilizados para orientar os bombeiros e mostrar as obras que a todo preço deveriam ser salvas”, informou.

Também nesta manhã, o ministro da Cultura da França, Franck Riester, anunciou que as obras de arte resgatadas serão transferidas para o Museu do Louvre, em Paris.

Relíquias cristãs

O artigo mais valioso guardado na Notre-Dame é a Santa Coroa, que os católicos acreditam que foi usada por Jesus pouco antes de ser crucificado. Segundo o site oficial da catedral, a réplica é composta de um “círculo de juncos unidos por fios de ouro, com um diâmetro de 21 centímetros”. A peça foi salva a tempo das chamas, assim como a túnica usada por São Luís, rei francês do século XIII.

Além da Santa Coroa, o local conserva outras duas relíquias da Paixão de Cristo: um pedaço da Cruz e um cravo.

Obra-prima da arquitetura gótica, Catedral de Notre-Dame foi palco de eventos históricos (Foto: Getty Images)

Obras de arte

Segundo o Monsenhor Patrick Chauvet, os bombeiros enfrentaram mais dificuldade para remover os quadros maiores. A catedral abrigava várias pinturas do século XVII, entre elas “São Tomás de Aquino, Fonte de Sabedoria” (1648), de Antoine Nicolas. Outras relíquias, como “A Descida do Espírito Santo” (1934), de Jacques Blanchard, e “São Pedro Curando os Doentes com Sua Sombra” (1935), de Laurent de la Hyre, também ficavam no local.

O incêndio atingiu principalmente as torres de madeira, onde ficavam os sinos. A estrutrua foi feita com 500 toneladas de madeira e 250 toneladas de chumbo. Na sua base, estavam conjuntos de estátuas de bronze, que representavam os 12 apóstolos e os quatro evangelistas.

As dezesseis esculturas que ornavam a parte externa da catedral foram retiradas na última sexta-feira (12) para trabalhos de restauração e foram poupadas do incêndio. Entretanto, o topo da torre que cedeu abrigava um galo que trazia a Coroa de Espinhos, uma relíquia de San Dionísio e outra de Santa Genoveva.

Os vitrais

A Catedral de Notre-Dame também é conhecida por seus vitrais coloridos, principalmente a Rosa Sul e a Rosa Norte, construídas entre 1260 e 1250. Uma das mais procuradas, a Rosa Sul foi feita com 84 painéis divididos em quatro círculos, que representam em riqueza de detalhes os 12 apóstolos, mártires e santos, como São Mateus.

O que se perdeu e o que foi salvo no incêndio da Catedral de Notre-Dame (Foto: Flickr)

Com o passar do tempo, eles foram restaurados e modificados inúmeras vezes. Como são peças frágeis e extremamente vulneráveis ao calor, a chance de terem sido danificadas no incêndio é muito grande.

Disponível em: <https://casavogue.globo.com/Arquitetura/Edificios/noticia/2019/04/o-que-se-perdeu-e-o-que-foi-salvo-no-incendio-da-catedral-de-notre-dame.html>. Acesso em: 17 abr. 2019.

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País sem museu é país sem memória

Lamentavelmente o Museu Nacional junta-se ao Museu da Língua Portuguesa em uma destruição causada por incêndio na noite de 2 de setembro de 2018, cujas causas ainda não foram identificadas.

É tarde demais para apontar este ou aquele culpado.

É tarde demais para pensar nas causas.

Se todas as associações, organizações e instituições relacionadas ao patrimônio material e imaterial nacionais atuassem em conjunto na preservação desse patrimônio, talvez essa tragédia poderia ser evitada?

Um país sem museus, bibliotecas ou arquivos é um país sem cultura… sem memória… sem história…

Fonte das imagens: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Museu_Nacional_do_Brasil.JPG

https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2018/09/02/incendio-atinge-a-quinta-da-boa-vista-rio.ghtml

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Sem biblioteca após incêndio, aluno da Unicamp gasta R$ 200 em livros

Expresso MT – 03/04/13

Um mês após um incêndio ter destruído parte do prédio da biblioteca do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o local permanece fechado e sem previsão para reabertura, segundo a assessoria de imprensa da instituição. A interdição do espaço desde o dia 3 de março deste ano impactou a rotina de estudo dos alunos dos cursos de gradução de Letras, Linguística e Estudos Literários, além dos estudantes da pós-graduação.

“Estou tendo que comprar livros. Acho que gastei mais de R$ 200”, afirma o estudante do curso de Letras Wesley Alves. Além do prejuízo, o universitário afirma que os demais espaços de estudo ficaram mais cheios por causa do fechamento da biblioteca após o incêndio. “É um espaço a menos para estudar, tinha a sala de informática na biblioteca. Agora lota a outra sala de informática e não tem onde ficar”, relata Alves.

O mestrando em teoria e história literária Fábio Mariano conta que precisou alterar o cronograma de estudos por causa da interdição. “Como uma parte da minha bibliografia está localizada no IFCH [Instituto de Filosofia e Ciências Humanas], tive sorte e pude inverter o cronograma. Não sei quantos tiveram essa mesma sorte”, diz.

No entanto, ele afirma que a longo prazo, o desenvolvimento da tese de mestrado pode ser comprometido pela falta de acesso à bibliografia necessária. “Eu ficaria de mãos atadas, já que uma parte da bibliografia que só está no IEL é de livros esgotados ou raríssimos, que não são mais compráveis ou acessíveis”, diz Mariano.

Luto

Os universitários realizaram um protesto no dia 14 de março para cobrar ações da Unicamp sobre a reabertura da biblioteca. Com cartazes e faixas, dezenas de estudantes se reuniram em frente do Centro Acadêmico do instituto para fazer um enterro simbólico do prédio.

Investigações

Segundo a Polícia Civil, os laudos da perícia não foram concluídos a publicação desta reportagem. O delegado titular do 7º Distrito Policial, Cássio Vita Biazolli, aguarda os resulçtados para dar sequência no inquérito. Segundo ele, o depoimento de testemunhas afastaram a hipótese de crime doloso.

Sem prazo

Em nota, a Unicamp informou que a reabertura da biblioteca ocorrerá após os danos causados pelo incêndio terem sido reparados e restabelecido o acesso seguro aos usuários do prédio, mas não há prazo estipulado para isso.

A universidade afirmou ainda que a comissão responsável pela avaliação da reabertura depende de providências envolvendo parte elétrica, segurança predial e instalação de novas portas anti-pânico e corta-fogo em pelo menos duas alas que dão acesso aos corredores da biblioteca. Também não há prazo para a realização dessas pendências, segundo a assessoria de imprensa.

O caso

O incêndio ocorreu no início da manhã de 3 de março e destruiu mais da metade de um dos prédios da biblioteca do Instituto de Letras da Unicamp. De acordo com o Corpo de Bombeiros, da área de 254 metros quadrados de construção, uma parte foi atingida. A área de 1.881 metros quadrados onde fica o acervo não foi atingida pelas chamas e ninguém se feriu.

Estrutura

Com 1.725 metros quadrados, a Biblioteca do IEL é tida como uma das principais da universidade estadual. O acervo conta com 105,6 mil livros, 1,5 mil títulos de periódicos e 3,2 mil teses e dissertações. O arquivo conta com obras sobre linguagem, dicionários, além de obras de poesia, ficção, ensaios e dramaturgia em diversos idiomas. A biblioteca conta, ainda, com coleções especiais, como a “Müller-Carioba”, que inclui 530 livros editados nos séculos 17, 18 e 19.

Disponível em: <http://www.brasilquele.com.br/2013/04/11/sem-biblioteca-apos-incendio-aluno-da-unicamp-gasta-r-200-em-livros>. Acesso em: 12 abr. 2013.

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Polícia ouvirá até sexta coordenador de biblioteca incendiada na Unicamp

Livros ficaram destruídos após o incêndio no prédio da biblioteca do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) da Unicamp (Foto: Reprodução/ EPTV)

Livros ficaram destruídos após incêndio em prédio da Unicamp  (Foto: Reprodução / EPTV)

A Polícia Civil de Campinas (SP) pretende ouvir, até sexta-feira (8), o coordenador da bibiloteca do Instituto de Estudos de Linguagem (IEL) da Unicamp. O local foi interditado após um incêndio que atingiu parte do prédio na manhã de domingo (3). Segundo o delegado responsável pelo inquérito, Cássio Vita Biazolli, o funcionário poderá indicar outras testemunhas e a causa do incidente.

“Aparentemente não houve crime. Temos que aguardar os laudos da perícia e também verificar como era feita a manutenção do prédio”, resumiu o titular do 7º Distrito Policial, no distrito de Barão Geraldo.

Nesta segunda-feira, peritos do Instituto de Criminalística estiveram na biblioteca para avaliar o que provocou o início das chamas e os prejuízos causados à instituição. Os resultados, segundo a Polícia Civil, serão divulgados no prazo de até 30 dias.

Reabertura indefnida

Segundo a assessoria da Unicamp, o prédio será parcialmente aberto ao público nos próximos dias, por meio de uma entrada alternativa. A unidade de ensino informou que no local atingido pelas chamas há atendimento ao público e catalogação de livros antes da entrada na biblioteca.

O Corpo de Bombeiros apontou que a universidade possui uma equipe interna treinada pela corporação, mas que a informação passada por funcionários durante o atendimento à ocorrência é de que os profissionais trabalham de segunda a sexta-feira, em horário comercial. A assessoria da Unicamp negou a informação, por meio de nota e disse que o grupo de vigilância treinado pelos onmbeiros atua 24 horas por dia.

O caso
Um incêndio na manhã de domingo destruiu mais da metade de um dos prédios da biblioteca do Instituto de Letras da Unicamp. De acordo com o Corpo de Bombeiros, da área de 254 metros quadrados de construção, uma parte foi atingida. A área de 1.881 metros quadrados onde fica o acervo não foi atingida pelas chamas. Ninguém se feriu.

Estrutura
Com 1.725 metros quadrados, a Biblioteca do IEL é tida como uma das principais da universidade estadual. O acervo conta com 105,6 mil livros, 1,5 mil títulos de periódicos e 3,2 mil teses e dissertações. O arquivo conta com obras sobre linguagem, dicionários, além de obras de poesia, ficção, ensaios e dramaturgia em diversos idiomas.A biblioteca conta, ainda, com coleções especiais, como a “Müller-Carioba”, que inclui 530 livros editados nos séculos 17, 18 e 19.

Disponível em: <http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2013/03/policia-ouvira-ate-sexta-coordenador-de-biblioteca-incendiada-na-unicamp.html>. Acesso em: 5 mar. 2013.

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