Arquivo da tag: preservação digital

Into the Future (Para o futuro)

Um excelente documentário de Terry Sanders, produzido pela American Foundation junto com a Commission on Preservation & Access e American Council on Learned Societies, onde alerta sobre o risco de perda da informação armazenada em formato digital.

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Seminário debate desafios da preservação de documentos em meio digital

Das 13h30 às 17h30 do dia 11 de novembro será realizado o terceiro Seminário de Documentos em Meio Digital: da Produção à Preservação no Anfiteatro Altino Antunes, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da USP.

Realizado pela Vice-Reitoria Executiva de Administração da Universidade em parceria com o Arquivo Geral da USP, o seminário contará com  palestras e debates relacionados aos desafios da preservação do documento em meio digital para a Administração Pública. O evento é voltado a dirigentes, assistentes administrativos, financeiros e acadêmicos, bem como pessoas da área de informática, além do responsável pela Biblioteca e um representante da Comissão Setorial SAUSP da Unidade/Órgão.

As inscrições para participar do evento, que é gratuito, devem ser realizadas pelo endereço eletrônicoag.eventos@usp.br até dia 31 de outubro ou até esgotarem as vagas.

Seminário debate desafios da preservação de documentos em meio digital

Seminário contará com palestras e debates relacionados aos desafios da preservação do documento em meio digital para a Administração Pública.

Datadata 11/11/13 | 13:30 – 17:30
Tipo de Eventodata Outros
E-maildata ag.eventos@usp.br
Sitedata http://www.vrea.usp.br/files/VREA-CIRC-026-2013.pdf
Telefonedata (11) 3091-8459
Investimentodata Evento Gratuito
Inscriçãodata Inscrição Prévia Obrigatória
15/10/2013 – 31/10/2013
Pelo email ag.eventos@usp.br.
Localdata Capital 
FMVZ – Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia 
Endereçodata Av. Prof. Dr. Orlando Marques de Paiva, 87 – Cidade Universitária CEP: 05508 270 – São Paulo – SP
Importantedata As informações foram checadas na data de sua publicação, mas pode haver alterações ou cancelamentos. Recomendamos entrar em contato com a organização do evento para confirmação.

Disponível em: <http://www.eventos.usp.br/?events=seminario-debate-desafios-da-preservacao-de-documentos-em-meio-digital>. Acesso em: 8 nov. 2013.

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Palestra: “Preservação da Memória Digital”

CONVITE

O SINDIB-RJ convida os Bibliotecários do Estado do Rio de Janeiro para palestra palestra:  “Preservação da Memória Digital”, que será proferida pelo Prof. Miguel Ángel Márdero Arellano, Doutor em Ciências da Informação pela Universidade de Brasília e coordenador da Rede de Serviços de Preservação digital CARINIANA (IBICT). 

 Data: 07/06/2013

Local: Sindicato dos Administradores no Estado do Rio de Janeiro
End.: Av. 13 de maio, nº 13, sala 802
Horário: 18h

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Palestra: "Preservação da Memória Digital"

CONVITE

O SINDIB-RJ convida os Bibliotecários do Estado do Rio de Janeiro para palestra palestra:  “Preservação da Memória Digital”, que será proferida pelo Prof. Miguel Ángel Márdero Arellano, Doutor em Ciências da Informação pela Universidade de Brasília e coordenador da Rede de Serviços de Preservação digital CARINIANA (IBICT). 

 Data: 07/06/2013

Local: Sindicato dos Administradores no Estado do Rio de Janeiro
End.: Av. 13 de maio, nº 13, sala 802
Horário: 18h

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IBICT faz parceria com a Stanford University para implementação de serviços de preservação digital

Para a criação da Rede Brasileira de Serviços de Preservação Digital – Cariniana, o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) aderiu à Aliança Internacional LOCKSS (http://www.lockss.org), no mês de janeiro de 2013.

Segundo Miguel Ángel Mardero Arellano, coordenador da Cariniana, a ideia é de que o IBICT estabeleça ainda no início dos trabalhos da nova rede, no primeiro semestre de 2013, uma sub-rede de preservação dos mais de 1.000 periódicos eletrônicos que utilizam a plataforma OJS/SEER no país.

Miguel explicou que a questão da preservação digital sempre foi fundamental na manutenção dos serviços de informação do IBICT. “Com a cooperação técnica da Stanford University estão sendo estabelecidas as diretrizes de funcionamento da rede e a concretização da implantação das sub-redes de periódicos, teses, dissertações e livros eletrônicos previstas no projeto para 2013”, esclareceu.

O diretor do IBICT, Emir Suaiden, destacou que com o advento da revolução tecnológica, a questão da preservação se tornou um dos indicadores fundamentais do desenvolvimento da ciência e tecnologia. “Isso porque antes da revolução tecnológica, no século anterior, nós perdemos a capacidade de memória do nosso patrimônio científico e tecnológico. A informação era basicamente bibliográfica e a gente não tinha recursos para mantê-la. Hoje, a memória da produção científica e tecnológica brasileira está muito mais presente na Library of Congress, em Washington, do que na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Daí a grande importância de o IBICT investir na preservação digital de nossos acervos”, salientou.

De acordo com o diretor, “a Biblioteca Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), é um exemplo de uma ação bem sucedida da preservação da produção científica nacional e a rede Cariniana é uma grande alavanca nesta área. Hoje, muitos países têm acesso ao que foi preservado pelas bibliotecas digitais. É um novo momento. Propício para fazer circular e difundir a informação em todos os níveis. Essa preservação leva ao crescimento do país como um todo”, explicou Suaiden.

O objetivo principal desta rede, conforme Miguel, é disponibilizar serviços de preservação digital de recursos exclusivamente eletrônicos. Nos próximos anos, o IBICT disponibilizará na Rede Cariniana serviços de preservação digital para a comunidade que lida com informação científica e tecnológica, passando também, a preservar digitalmente acervos patrimoniais de bibliotecas, arquivos e centros de memória institucionais no Brasil. Fazem parte dessa aliança, além da Stanford University, a Harvard University, o M.I.T., a Library of Congress, entre outras instituições. No Brasil participam da iniciativa a USP, Unicamp, UFPB e UFSM. O projeto conta ainda com o apoio da FUNCATE e do MCTI.

Núcleo de Comunicação Social do IBICT

20/02/2013

Data da Notícia: 20/02/2013 16:35

Disponível em: <http://www.ibict.br/ibict-faz-parceria-com-a-stanford-university-para-implementacao-de-servicos-de-preservacao-digital>. Acesso em: 21 fev. 2013.

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iPRES 2010

the release of a new Factsheet from the Keeping Research Data Safe (KRDS) project on the costs and benefits of digital preservation. is available for download as a PDF from

Clique para acessar o KRDS_Factsheet_0910.pdf

If you are attending the iPRES 2010 conference in Vienna next week there will be print copies available on the JISC stand.

The A4 four-page factsheet is intended to be suitable for senior managers and others interested in a concise summary of our key findings. It will be relevant to all repositories and institutions holding digital material but of particular interest to anyone responsible for or involved in the long-term management of research data.

The factsheet covers the following major areas:

Cost issues in digital preservation (what costs most, impact of fixed costs, declining costs over time);

Benefits from digital preservation (benefits taxonomy, direct benefits, indirect benefits, near-term benefits, long-term benefits);

Institutional issues (repository models and structures, key cost variables, data collection levels).

We hope the Factsheet will be of value to the digital preservation and research data communities and plan to release a further KRDS publication later this year (a KRDS User Guide).

The Keeping Research Data Safe studies have been funded by JISC and conducted by a partnership of the following institutions: Charles Beagrie Ltd, OCLC Research, the UK Data Archive, the Archaeology Data Service, the University of London Computer Centre, and the universities of Cambridge, King’s College London, Oxford and Southampton.

Neil Beagrie

Charles Beagrie Ltd

Digital Access and Preservation

Management and Research Consultancy

Website: http://www.beagrie.com

Blog: http://www.blog.beagrie.com

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Digital Curation and Preservation Bibliography, Version 1

Version one of the Digital Curation and Preservation Bibliography is now available from Digital Scholarship.

http://digital-scholarship.org/dcpb/dcpb.htm

This bibliography presents over 360 selected English-language articles, books, and technical reports that are useful in understanding digital curation and preservation.

Most sources have been published between 2000 and the present; however, a limited number of key sources published prior to 2000 are also included. Where possible, links are provided to sources that are freely available on the Internet, including e-prints for published articles in disciplinary archives and institutional repositories. Note that e-prints and published articles may not be identical. See the scope note for further details:

http://digital-scholarship.org/dcpb/scope.htm

The following recent Digital Scholarship publications may also be of interest:

* Digital Scholarship 2009

http://digital-scholarship.org/sepb/annual/ds2009.htm

* Google Book Search Bibliography, Version 6

http://digital-scholarship.org/gbsb/gbsb.htm

* Institutional Repository Bibliography, Version 2

http://digital-scholarship.org/irb/irb.html

* Electronic Theses and Dissertations Bibliography, Version 4

http://digital-scholarship.org/etdb/etdb.htm

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Biblioteca de NY vira refúgio durante a crise econômica

Com 40 milhões de visitas em 2009, a instituição ajudou a população a enfrentar uma fase difícil

Lúcia Guimarães, de O Estado de S. Paulo

http://www.estadao.com.br/noticias/arteelazer,biblioteca-de-ny-vira-refugio-durante-a-crise-economica,523708,0.htm

Paul LeClerc: ‘Há cinco mil anos não inventam lugar melhor para democratizar acesso ao conhecimento’

Paul LeClerc: ‘Há cinco mil anos não inventam lugar melhor para democratizar acesso ao conhecimento’
SÃO PAULO – Qual é o local mais visitado do planeta? Acertou quem respondeu Times Square, o coração de Manhattan que recebe uma média de 35 milhões de visitantes por ano. A estatística é imprecisa e pode ser questionada. Mas, qual a instituição que atraiu mais visitantes na região metropolitana de Nova York em 2009 e é mais frequentada do que todas as outras atrações culturais e esportivas somadas? A Biblioteca Pública de Nova York.

A casa recebeu 40 milhões de visitas em 2009; NY tem 8 milhões de habitantes. E, se o leitor está coçando a cabeça com a ideia de que o desemprego e a recessão transformaram os nova-iorquinos em diletantes, pense de novo. Imagine a economia com a conta de aquecimento a óleo se é possível enfrentar o desemprego em pleno inverno no calor aconchegante de uma sala de leitura? E se o funcionário da biblioteca pode ajudá-lo a escrever um currículo e tem conhecimento suficiente para informar quais as áreas que estão contratando? O crash de setembro de 2008 encheu as bibliotecas americanas não só de desempregados como também de crianças cujos pais perderam acesso a babás e programas pós-escolares. Veja no vídeo desta entrevista com Paul LeClerc, disponível no Portal Estadão, como se criou o culto à biblioteca na vida americana e como a Biblioteca de NY adaptou programas para ajudar a população a enfrentar a crise.

O homem elegante, como convém a um acadêmico especializado em literatura francesa, desliza ao nosso encontro na mais bela sala de leitura da América do Norte. Paul LeClerc não dá sinais de que está em contagem regressiva para deixar o cargo que ocupa há 16 anos e vai abandonar só após as comemorações do centenário da biblioteca, em maio de 2011. A sala restaurada em 1998 é um dos maiores espaços sem colunas de sustentação do país. A Rose Reading Room, na sede da biblioteca, foi rebatizada com o nome do casal de filantropos que bancou a restauração, Frederick e Sandra Rose. No salão revestido de carvalho, ao contrário do imenso interior da estação Grand Central, o outro refúgio para as massas em Manhattan, o barulho mais importuno é o arrastar de cadeiras. Conheça, em outro vídeo do portal, o interior da Rose Reading Room.

LeClerc é um dos personagens centrais da transformação digital de arquivos na passagem do século. Ele tomou decisões importantes, navegando entre debates filosóficos, tecnológicos e jurídicos. A primeira decisão foi a de começar o processo digital por imagens. A galeria digital da biblioteca é um sucesso, acessada mais de 7 milhões de vezes por mês por internautas que podem baixar qualquer uma de suas 700 mil imagens de domínio público para fins não comerciais.

Há cinco anos, a biblioteca se juntou ao Google no processo de digitalização de 300 mil livros em domínio público. No ano passado, a instituição “emprestou” livros digitais mais vezes – cerca de 350 mil além do que qualquer outra biblioteca americana, para leitores de 220 países e territórios. Os leitores usam um software para baixar o livro na íntegra e a obra desaparece no fim do empréstimo de três semanas. Mas LeClerc admite que a questão do copyright e da produção contemporânea está longe de resolvida.

Mas, se disputas sobre direitos autorais podem ter uma solução negociada, outra ausência de consenso assusta mais o presidente da biblioteca nova-iorquina. É o dilema sobre a preservação da cultura daqui para frente, qual a tecnologia digital que vai se mostrar duradoura e economicamente viável. Ele aponta para a coleção de papel à sua volta e diz: “Temos uma Bíblia do Guttenberg de 1452. Está em boas condições e podemos preservá-la por pelo menos mais 500 anos.”

“Uma das maiores questões enfrentadas por qualquer país avançado, inclusive o Brasil, é como preservar a informação produzida de forma digital”, diz. Ele não está pensando no futuro imediato e sim no próximo milênio. “Vivemos num ambiente em que a informação já nasce digital. Então, como preservar esta cultura? Como é que uma pessoa que tentar escrever a história social e econômica do seu país ou do meu vai encontrar a informação? O fato é que não temos solução para este problema.”

Pergunto se o avanço da internet pode enfraquecer o papel da biblioteca pública nas economias emergentes. “É só olhar para o enorme sistema de Hong Kong, os investimentos feitos por chineses e também em Cingapura, que tem o maior tráfego de biblioteca do mundo, para confirmar que a aposta no capital humano continua a ser fundamental”, argumenta. “Há cinco mil anos não inventam lugar melhor do que a biblioteca para democratizar o acesso ao conhecimento.”

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SEMANA INAUGURAL – Arquivo Público e Histórico de São Carlos

FUNDAÇÃO PRÓ-MEMÓRIA DE SÃO CARLOS

Data: 19 a 23/10 – Local: Auditório “Octavio Damiano” – Estação Cultura

Praça Antônio Prado, s/n – Centro – Antiga Estação Ferroviária

Inscrições até 16/10 pelo e-mail: arquivo.fpm@saocarlos.sp.gov.br ou Tel.: (16) 3373.2700

(Mencionar a palestra/mesa redonda que irá participar)


Programação

segunda-feira (19/10)

9h – Credenciamento

10h – Palestra: “Pesquisa no Arquivo da Fundação Pró-Memória” com Osvaldo Mario Serra Truzzi ((Diretor da EdUSFCar e Professor da Universidade Federal de São Carlos, atua nos Programas de Pós-Graduação em Ciências Sociais e Engenharia de Produção)

11h – Palestra “Gestão Documental: preservação da memória e o direito de acesso” com Hilda Delatorre (Diretora Técnica do Centro de Gestão Documental do Sistema de Arquivos do Estado de São Paulo /SAESP)

15h – Inauguração da Sala da Coleção de Jornais e Microfilmes, projeto financiado pelo programa CAIXA de  Adoção de Entidades Culturais.

Apresentação do Coral encanto, EMEB Arthur natalino Deriggi (Regente: Mirian Camargo Antunes)

16h Mesa Redonda: Tratamento de acervos privados.

– Francisco de Sá Neto – Fazenda Pinhal (Diretor Presidente da Associação Pró Casa do Pinhal)

– Joana D’arc de Oliveira – Fazenda São Roberto (Possui graduação em Ciências Sociais – UNESP e Mestrado em História da Arquitetura – USP. Tem experiência na área de patrimônio histórico e Museologia)

– Vera Malta Campos – Fazenda Santa Maria (Diretora Cultural)

terça-feira (20/10)

10h – Palestra: “Preservação de documentos eletrônicos” – (Rogério Cavaletto (Técnico em Informática da Fundação Pró-Memória de São Carlos, responsável pelos arquivos eletrônicos da Fundação))

10h30 – Palestra: “Microfilme e Preservação: uma aliança do futuro” com Rodrigo de Campos Pinto (Técnico do Centro de Documentação e Informação Científica (CEDIC/PUC), com experiência na área de reprografia e preservação)

15hMesa Redonda:  tratamento de acervos institucionais

-João Roberto Martins Filho (Coordenador da Unidade Especial de Informação e Memória do Centro de Educação e Ciências Humanas UEIM/UFSCar)

-Vera Lúcia Cóscia (Coordenadora do Arquivo Florestan Fernandes BCO/UFSCar)

– Ana Lúcia Cerávolo (Diretora Presidente da Fundação Pró-Memória de São Carlos).

QUARTA-FEIRA (21/10)


8h às 12h – 14h às 18h –
Curso: “Pesquisa de Imagens” com Profª Simonetta Persichetti (Jornalista, mestre em Comunicação e Artes e doutora em Psicologia Social, atualmente ministra cursos no Museu de Arte Moderna – MAM). Trabalhou para revistas como Íris Foto e Paparazzi)

Vagas limitadas: inscrições pelo e-mail: gisele.fpm@gmail.com

QUINTA-FEIRA (22/10)

9h  – Visita técnica ao arquivo da Fundação Pró-Memória de São Carlos.

14h30 – Palestra: “Tratamento de Arquivos Fotográficos” com Cássia Denise Gonçalves (Possui graduação em História pela PUC-SP e mestrado em Ciências da Comunicação pela ECA-USP. Atualmente é profissional em organização de arquivos da Universidade Estadual de Campinas, atuando nas áreas de arquivo fotográfico, processamento técnico de fotografias e análise documentária de fotografias).

16h00 – Palestra: “Arquivos Pessoais” – Ana Maria de Almeida Camargo (Possui Doutorado em História Social pela Universidade de São Paulo (USP), atualmente é professora da Universidade de São Paulo e é especialista na área de organização de Arquivos Pessoais)

SEXTA-FEIRA (23/10)

9h – Contação de histórias.

10h  – Visita técnica ao arquivo da Fundação Pró-Memória de São Carlos.

14h  – Visita técnica ao arquivo da Fundação Pró-Memória de São Carlos.

CERTIFICADOS PARA PARTICIPAÇÃO EM 50% DAS ATIVIDADES DA SEMANA

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Arquivamento a longo prazo

JB Online
Terça-feira, 03 de Março de 2009 – 00:00
Sinuca digital
Paulo Pacini – Psicólogo e pesquisador

Quando, em 1999, o neurobiólogo Joseph Miller pediu à Nasa acesso aos dados das missões Viking, que aterrissaram em Marte em 1976, sua solicitação foi prontamente atendida. As fitas magnéticas, corretamente armazenadas, foram localizadas e entregues. Infelizmente, delas não foi possível se extrair nada, pois o formato digital no qual a informação foi codificada já tinha sido esquecido, e seus criadores haviam falecido ou se aposentado. Graças a algumas anotações em folhas de papel, anexadas às
fitas, depois de muito esforço foi possível recuperar um terço da informação. O episódio acendeu uma luz vermelha em todas instituições que trabalham com o armazenamento de informações digitais, acerca dos riscos que a evolução tecnológica pode ocasionar para o resgate futuro dos dados.

Um dos grupos mais preocupados com a conservação de seus arquivos é a indústria do cinema, e, para situar o problema, a Academy of Motion Picture Arts and Sciences (instituição que concede os Oscars) divulgou, em 2007, um estudo abrangente, no qual também são analisados casos de outros setores. Para os estúdios, a preservação dos filmes é uma questão de vida ou morte, pois um terço de sua renda provém de reprises, comercializadas para a TV ou em DVDs. A maior parte de seu acervo são filmes de 35mm, uma tecnologia confiável, conhecida, cuja qualidade ainda não foi equiparada pelo meio digital, com uma vida prevista de pelo menos 100 anos, em condições corretas de armazenamento, e um custo extremamente baixo. Por esta razão, quase tudo é filmado em película, apesar de todo processamento posterior ser digital. O custo do arquivamento digital é pelo menos 11 vezes superior, pois necessita uma verdadeira parafernália para seus muitos terabytes de informação, armazenados em discos rígidos ou fitas magnéticas, pedindo uma estrutura pesada de servidores, com manutenção constante, incluindo hardware, software, substituição de mídia, treinamento de pessoal, consumo de energia elétrica, só para citar alguns. Mesmo assim, a acessibilidade não está garantida, pois tudo muda na indústria de informática, os formatos de arquivo, sistemas operacionais, interfaces, software, etc.

Em outros setores, a questão é igualmente grave. A Biblioteca do Congresso dos EUA criou o programa NDIIPP, para a criação e preservação da informação digital, que estipulou algumas linhas gerais de orientação, procurando favorecer a criação de uma rede de arquivamento, pois se considera que a tarefa é grande demais para uma única instituição. Os arquivo nacional americano, o Nara, que contém todos os registros da esfera governamental, também criou uma iniciativa nesse sentido, que inclui a padronização dos formatos de arquivo e da metainformação, ou seja, informação sobre as informações, que facilitam sua localização.

A imprensa também lida com dificuldades relativas ao arquivamento de informações, especialmente de imagens, pois é prática corrente o descarte de material não utilizado, apagando-se a memória das máquinas. Não existem mais negativos que possam ser utilizados no futuro, em novas publicações. Emissoras de TV frequentemente eliminam material gravado digitalmente, reutilizando as fitas, preservando para a posteridade só uma parte da informação.

Esses problemas, que pouca gente vê, são extremamente sérios. O único meio encontrado até o momento para se garantir o acesso futuro aos arquivos digitais é, antes de tudo, ter-se uma política de preservação da informação, e também um esquema de migração contínua para novos formatos, a ser feita a cada poucos anos, a um custo elevado.

A maioria dos países está se conscientizando das limitações da tecnologia atual com relação ao arquivamento a longo prazo, ao mesmo tempo em que buscam soluções. Será necessário um grande esforço das instituições governamentais e privadas brasileiras para que o costumeiro imediatismo e aversão ao planejamento não faça com que no futuro exista uma enorme lacuna em todo tipo de dados relativos ao período histórico que então será o nosso presente.

Fonte: http://jbonline.terra.com.br/leiajb/noticias/2009/03/03/sociedadeaberta/sinuca_digital.asp

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